Publicado em 16 de julho de 2024
Contábeis

As mudanças previstas na reforma tributária, ainda em tramitação, podem resultar em um significativo aumento nos custos dos tratamentos de saúde animal. 

Estimativas do setor indicam que, se aprovada, a reforma pode elevar os preços dos planos de saúde para animais domésticos entre 15% e 30%.

Isso porque, enquanto a reforma prevê uma alíquota reduzida de 60% para os serviços ligados à saúde humana, o setor de saúde animal não está incluído nessa redução, com uma previsão de redução de alíquota geral em 30%. 

 

Entidades ativas na luta pela causa animal argumentam que o governo não deveria dificultar o acesso aos tratamentos de saúde animal, especialmente enquanto o sistema público não é capaz de atender à demanda de forma satisfatória.

Como existem poucas clínicas veterinárias públicas no Brasil, a rede privada se mantém como a principal fornecedora desse tipo de assistência. Sendo assim, qualquer aumento nos custos pode tornar os serviços inacessíveis, afetando não apenas a saúde dos pets, mas também a saúde humana.

Carga tributária saúde animal

Atualmente, o setor de saúde animal enfrenta uma carga tributária de até 11,25%. Com a reforma, a expectativa é que essa carga chegue a 27,3%, o que certamente será repassado aos consumidores. 

 

Vale ressaltar que gastos com saúde veterinária não são passíveis de desconto no Imposto de Renda, aumentando ainda mais o ônus para os tutores.

Um levantamento da Quaest, encomendado pela Petlove, revela que 72% dos brasileiros possuem animais de estimação, e 69% desses tutores desejam contratar um plano de saúde para seus pets. 

No entanto, apenas 9% dos tutores utilizam serviços públicos de saúde para animais, reforçando a importância do setor privado. 

Além disso, metade dos tutores já deixou de levar seus animais ao veterinário por questões financeiras, evidenciando o impacto potencial da reforma tributária.

 

A aprovação da reforma tributária pode, portanto, impactar profundamente o setor de saúde animal, aumentando os custos para os tutores e potencialmente dificultando o acesso aos cuidados necessários para os pets.

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